A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta quarta-feira (4) a redução do patamar da bandeira vermelha para o nível 1. A decisão foi tomada após a atualização do Programa Mensal de Operação pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A medida implica em um reajuste menor na conta de luz em comparação ao inicialmente previsto.

Com a mudança, o valor cobrado como adicional na conta de luz será menor que o previsto anteriormente, quando a bandeira vermelha estava no patamar 2. No patamar 1, será aplicado um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Caso a bandeira permanecesse no patamar 2, o valor seria de R$ 7,87 a cada 100 kWh, o que representaria um aumento ainda maior na tarifa de energia.

A revisão ocorreu após a ANEEL solicitar que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) recalculasse os dados com base nas informações atualizadas do ONS. O novo patamar foi definido com base nas condições operacionais do sistema elétrico e nas previsões de geração de energia.

A ANEEL reforçou que a situação das bandeiras tarifárias pode ser alterada novamente caso haja mudanças nas condições de operação do sistema elétrico nacional.

Sistema de bandeiras tarifária

As bandeiras tarifárias são um sistema criado pela Aneel para sinalizar aos consumidores os custos variáveis da geração de energia e incentivar o consumo consciente. Existem três tipos de bandeiras: verde, amarela e vermelha. A cor da bandeira indica o custo variável da geração de energia e, consequentemente, o valor a ser acrescido à conta de luz.

• Verde: Indica condições favoráveis de geração de energia, com baixo custo variável.
• Amarela: Sinaliza custos de geração um pouco mais elevados, em geral devido a uma menor disponibilidade de água nos reservatórios.
• Vermelha: Indica condições mais custosas de geração, como a atual, em que há menor disponibilidade de água nos reservatórios e maior necessidade de acionar usinas térmicas. A bandeira vermelha possui dois patamares: patamar 1 e patamar 2, sendo este último o mais caro.

Fonte: Portal o Dia