"Não sou bispo, Não vou ser, mas tenho uma responsabilidade" diz padre Geraldo, administrador diocesano
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Publicado em 10/03/2016

Em sua primeira entrevista como administrador diocesano, padre Geraldo Gereon, falou sobre como pretende conduzir a diocese de Oeiras até a chegada do novo bispo.

Na entrevista concedida ao radialista Claudevândio Macedo, da Cristo Rei FM, ele fez questão de ressaltar os aspectos que considera relevantes para o período de vacância da diocese: Administração que engloba toda a estrutura da diocese e a Ação Pastoral.

Padre Geraldo nasceu no dia 03 de setembro de 1937 na Alemanha. No dia 02 de fevereiro de 1963 foi ordenado padre. A partir de então assumiu vários trabalhos na nossa Diocese como pároco, membro do Colégio dos Consultores e membro do Conselho Econômico, dentre outros. Atualmente reside na cidade de São Francisco de Assis, preside a Fraternidade São Francisco de Assis e é membro do Colégio dos Consultores. Aos 79 anos de vida, dos quais 53 de vida sacerdotal, Pe. Geraldo assume a administração da Diocese de Oeiras até a chegada do novo bispo a ser eleito ou nomeado pelo Papa Francisco.

O administrador diocesano tem consciência das prioridades bem como da caminhada da diocese ao longo dos seus 70 anos de existência. De acordo com padre Geraldo Gereon “a saída do bispo não pode significar que cada um vai agir por sua conta e foi para isso que meus colegas padres me escolheram para administrar. A diocese tem que ter uma dinâmica pastoral que deve partir do bispo, mas nesse caso especifico de mim”, afirma.

O novo administrador reconhece a caminhada dos padres nas paroquias junto as comunidades e que tem que ser alguém que lembra, anima e acompanha esse trabalho de evangelização.   

Questionado sobre a perspectiva do novo bispo para diocese de Oeiras, ele frisou que o segredo pontifício assegura sigilo absoluto e diz: “Quem sabe alguma coisa não fala, e quem fala não sabe, isso é algo que diz respeito ao Papa e seus conselheiros no Brasil”.

 

Padre Geraldo Gereon fez questão de observar os quase 50 anos de atuação sacerdotal na diocese de Oeiras ao dizer que a sua caminha pastoral é caracterizada pelo movimento Fraternidade São Francisco de Assis: “Não é uma simples ação social, ela declara em seus estatutos que a fraternidade inspira-se no evangelho de Jesus, no exemplo de São Francisco e na declaração da Igreja do Brasil na sua opção preferencial pelos pobres”, enfatizou.

Para o administrador diocesano um dos maiores problemas sociais que exige à atuação da igreja é a tragédia da Transnordestina que passa pelos municípios de Bela Vista do Piauí, Conceição do Canindé, São Francisco de Assis do Piauí, Simplício Mendes e outros. Segundo Padre Geraldo a Transnordestina opera com prepotência invadindo os direitos dos pequenos proprietários de terras que moravam na região. Foram implantadas faixas por onde o trem vai passar e corta propriedades onde o limite mínimo era 80 metros mais ele afirma que existem lugares que passam de 200 metros.

Na semana passada uma ação de famílias prejudicadas pela obra da Transnordestina foi decisiva para garantir seus direitos. A população se uniu e interditaram o canteiro de obras de modo que barraram a continuidade da obra, tudo para que force o governo a indenizar as famílias afetadas pela construção. Ele lembrou que antes isso não existia, isso é consequência do evangelho. “A igreja diz que os pobres merecem apoio e a diocese tem que assumir essa missão. Não sou bispo, não vou ser, mas tenho uma responsabilidade até a chegada do novo bispo”, concluiu o administrador diocesano.

Aos 78 anos de vida esta não é a primeira vez que padre Geraldo Gereon assume a missão de administrador diocesano. Com o falecimento de Dom Edilberto em 1991, ele foi um dos responsáveis pela administração da diocese Oeiras - Floriano.

 

  

Por Claudevândio Macedo

 

 

 

 

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