Em 2024 os Correios caminham para ultrapassar o déficit recorde de R$ 2,1 bilhões registrados em 2015. Somente entre janeiro e setembro, o rombo da estatal foi de R$ 2 bilhões, o maior do período na série histórica.
Com a situação crítica das contas, os Correios decretaram em outubro uma série de medidas para evitar a insolvência. Entre elas as medidas, está um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões. As medidas foram registradas em um documento sigiloso, publicado primeiramente pelo portal Poder 360.
Insolvência é um termo jurídico para uma pessoa ou uma empresa que não tem mais condições de pagar suas dívidas. No caso dos Correios, caso isso ocorra, o Tesouro irá ajudar a estatal para evitar a falência.
Além disso, foram adotadas outras três medidas para tentar reduzir o déficit nas contas dos Correios:
- suspensão temporária das contratações por no mínimo 120 dias;
- renegociar contratos com redução de no mínimo 10% dos acordos em vigor entre 2024 e 2025.
- encerramento de contratos. Prorrogações só serão permitidas, a partir de outubro, com utilização de recursos oriundos da economia realizada no item anterior, das renegociações.
Um dos motivos para o déficit, é que os Correios tinham expectativa de receitas na casa dos R$ 22,7 bilhões em 2024. No entanto, a meta foi revisada R$ 20,1 bilhões. Ainda que o teto de R$ 21,96 bilhões funcione, o prejuízo ainda será de pelo menos R$ 1,74 bilhão.
O presidente dos Correios é o advogado Fabiano Silva dos Santos. Ele é ligado ao Grupo Prerrogativas, formado por advogados. De maneira geral, eles são próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atuaram contra os processos da Operação Lava Jato, cujas investigações culminaram na prisão do presidente da República em 7 de abril 2018.
Por SBT News