Aconteceu nos dias 10,11 e 12 de julho no auditório do ECC o congresso de jovens produtores do futuro, com o tema “A agricultura do futuro na visão dos jovens produtores do presente”.
O congresso, que acontece há anos, é uma idealização da Fundação dom Edilberto e CEFAS, que tem a frente O Padre João de Deus. Visando proporcionar uma melhoria na vida desses jovens. O tema “Agricultura do futuro na visão dos jovens produtores do presente” é complexo, no entanto, seu debate permite reconhecer seus traços e desejos a fim de diagnosticar suas especificidades e apropriações culturais.
As discussões giraram em torno do termo juventude, que remete a uma série de definições divergentes. Culturalmente determinada, a demarcação desta etapa da vida, que é sempre imprecisa, sendo referida ao fim dos estudos, ao início da vida profissional, à saída da casa paterna, à constituição de uma nova família, ou ainda, simplesmente a uma faixa etária.
Durante o evento foi ressaltado a importância das políticas públicas, como forma de manter os jovens em atividades rurais, salientando a necessidade de ação e políticas que visem à melhoria da qualidade de vida e o bem-estar social, sabe-se que as novas ruralidades evidenciam a dualidade em permanecer ou sair do meio rural, num conflito interno no dia a dia destes jovens.
Os resultados do Congresso apontam para uma tendência dos jovens, sobretudo, em planejar seu futuro profissional no meio urbano, apesar de serem cientes das dificuldades a serem enfrentadas, além disso, destaca-se a importância da influência dos pais e das organizações religiosas na tomada de decisão desses jovens.
O Congresso assinalou a necessidade de novas estratégias de desenvolvimento rural, por meio da concepção de políticas que permitam o fortalecimento da agricultura familiar, como meio de assegurar a permanência no campo das novas gerações e, por conseguinte, a sequencialidade do processo via participação dos jovens nas atividades agropecuárias.
O Congresso comparou a percepção dos jovens rurais quanto a suas características e pretensões, quanto à permanência ou não no meio rural. Reafirma-se a evidente existência de grupos distintos de jovens, caracterizada pelos que pretendem permanecer no meio rural, e dar continuidade nas atividades agropecuárias desenvolvidas pela família e um grupo que deseja sair do meio rural.
Por Camilla Marques