O Piauí vai enfrentar na próxima semana o período de maior risco de queimadas do ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os focos de incêndio no Cerrado podem ser acompanhados em tempo real por meio de plataforma digital. Já o mapa de risco da Climatempo mostra probabilidade elevada de queimadas em diferentes regiões do país nos próximos cinco dias.
Municípios como Teresina, Picos, Floriano e Uruçuí já registram combates intensos às chamas, realizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Piauí (CBMEPI), brigadas municipais e carros-pipa, com monitoramento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Defesa Civil.
Somente em agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros atendeu cerca de 900 ocorrências de fogo em vegetação no estado. Em Teresina, as chamadas relacionadas a incêndios ultrapassaram 2 mil, segundo o Comando de Operações.

Mesmo com o alto número de ocorrências, dados da Semarh mostram que de 1º a 17 de setembro de 2024, foram registrados 1.982 focos de queimadas no Piauí. No mesmo período deste ano, o número caiu para 1.410, uma redução de 29%. No acumulado de janeiro a 17 de setembro, a queda é de 3%.
“O percentual pode parecer pequeno, mas representa um impacto importante para os moradores e, principalmente, para o meio ambiente. Queremos continuar contando com a ajuda dos piauienses para reduzir ainda mais os focos de fogo”, afirmou o secretário da Semarh, Feliphe Araújo.
Ação humana
De acordo com o coronel Egídio Leite, comandante de Operações dos Bombeiros, mais de 90% dos focos têm origem em ações humanas.
“Se a população tivesse mais consciência, certamente não estaríamos sofrendo tanto com o fogo e a fumaça. Nossas equipes e brigadistas têm atuado diariamente, mas é fundamental evitar o uso do fogo neste período crítico”, ressaltou.
A Portaria n° 146/2025 da Semarh, válida até 15 de outubro, proíbe o uso de fogo em roças, pastagens e quintais, com exceção para queimadas controladas sob supervisão técnica e autorização da secretaria. O não cumprimento pode resultar em multa e prisão, pois a prática é considerada crime ambiental.
Fonte: Cidade Verde