“Não podemos nos permitir que tanto entusiasmo seja diluído ou esquecido. (...) A Igreja tem a grande responsabilidade de continuar sem cessar a ser instrumento de misericórdia”, afirmou o Papa.
O anúncio da misericórdia, acrescentou, pertence intrinsecamente ao compromisso de todo evangelizador, a todo o Povo de Deus. A propósito do tema da evangelização, Francisco destacou dois aspectos.
O primeiro é a contribuição que os povos e as respectivas culturas oferecem ao caminho do Povo de Deus. “A riqueza que provém da multiplicidade de boas tradições é preciosa para vivificar a ação da graça”, recordou o Pontífice.
O segundo aspecto é o chamado à profunda unidade e humanidade da comunidade dos fiéis, que transcende a disponibilidade pessoal.
E isso vale de modo especial num período como o nosso, em que uma nova cultura está em evolução, fruto da tecnologia, mas que deixa de lado a relação interpessoal e o interesse pelo outro. Portanto, “é importante que saibamos entrar no coração das pessoas, para descobrir o sentido e o amor de Deus, que nos leva a olhar avante com serenidade”, derrotando a indiferença.
O Papa então concluiu:
“Queridos irmãos e irmãs, a nova etapa da evangelização que somos chamados a percorrer certamente é obra de toda a Igreja, “povo em caminho rumo a Deus”. Redescobrir este horizonte de significado e de concreta práxis pastoral poderá favorecer o impulso da própria evangelização, sem esquecer o valor social que lhe pertence para uma genuína promoção humana integral.
Francisco fez votos de bom trabalho aos membros do dicastério, em especial em preparação para o primeiro Dia Mundial dos Pobres, que será celebrado em 19 de novembro.
Por Rádio Váticano