Advento – tempo de espera e oração
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Publicado em 07/12/2017

O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como se pode deduzir da própria palavra advento que origina-se do verbo latino advenire. “É um tempo de espera d’Aquele que há de vir”, como bem define o padre Fabrício damasceno da Comunidade Nova Jerusalém.

É sabido que em todo início do Ano litúrgico marcamos as grandes etapas com atos penitenciais. Assim como o principal período do Ano Litúrgico é a Páscoa, marcado pela quaresma , então o começo do Ano Litúrgico é marcado por um período penitencial. E esta penitência, é importante que se diga, se faz em forma de espera, porque esperar também é penitencial. 

O tempo do Advento formou-se progressivamente a partir do século IV e já era celebrado na Gália e na Espanha. Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para ela como se preparava para a Páscoa.

Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país.

“Nós católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resistem; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade”, explica para continuar a reforçar a importância desta simbologia.

Com informações de Lívio Galeno

Por Vera Alice Brandão

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