Nos últimos 15 anos o povo do semiárido tem vivido e sido testemunha das mudanças sociais e econômicas ocorridas na região e, consequentemente, da melhoria da qualidade de vida de cada um e cada uma. Quando, enquanto Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) falamos desta realidade, não estamos nos referindo a uma história que nos foi contada, mas de uma história vivida!
Isso foi possível graças a um governo que colocou entre suas opções básicas a melhoria da qualidade de vida da população e a segurança alimentar e nutricional do povo do Brasil e do semiárido, em constante diálogo com as organizações e movimentos sociais.
Isso foi possível porque o governo Lula e posteriormente o governo Dilma priorizaram a criação e o fortalecimento de políticas públicas visando á convivência com a região, a exemplo do bolsa família, do programa cisternas, com seus desdobramentos de água para consumo, produção e escolas, o seguro safra, o programa de aquisição de alimentos, políticas e economia solidária, assistência técnica e, ultimamente assistência técnica agroecológica, moradia, energia, crédito, educação e muitas outras políticas que, no seu conjunto, possibilitaram que o semiárido atravessasse mais de sete anos de estiagem sem migrações profundas e sem mortes humanas. O governo que tomou o poder em 2016, através de um impeachment no mínimo duvidoso de presidenta Dilma, tem se esforçado, na prática, por cortar ou diminuir estas políticas. Vivemos no Brasil o conflito entre duas concepções de desenvolvimento: uma que democratiza o acesso de recursos, bens e serviços, mais especialmente aos mais pobres e outra que corta estas políticas, concentrando renda e oportunidades.
O povo brasileiro quer que a democracia se concretize não apenas na oportunidade de votar, mas principalmente no acesso a oportunidades reais de educação, saúde, bens, serviços, qualidades de vida. E este povo visualiza o ex-presidente Lula como alguém capaz de retomar este caminho no Brasil.
O resultado do julgamento do Habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) frustra a população porque, mais que tudo, fere a nossa constituição. E a decretação da prisão de lula pelo o juiz Sérgio Moro, num ato condenado pela maioria dos juristas brasileiros e duramente criticada fora do Brasil, é mais um instrumento que toma claro que a luta não é contra a corrupção, mas sim para inviabilizar um projeto de nação onde todos os brasileiros e brasileiras e não apenas algumas pessoas tenham acesso garantido a uma boa qualidade de vida.
A ASA se solidariza com ex-presidente Lula e se coloca, mais uma vez, ao lado do povo brasileiro, na luta por justiça e dias melhores.
Queremos Lula Livre!