Nos últimos três meses, os hospitais de Teresina têm registrado um aumento na incidência dos casos de conjuntivite. Em meio ao período chuvoso e a facilidade na propagação, uma série de medidas preventivas podem ser adotadas para evitar o contágio. Nisso, a higiene é fundamental. O oftalmologista Thiago Castro, do Hapvida Teresina, indica que os sintomas incômodos da doença aparecem e desaparecem de 5 a 15 dias. “No caso da conjuntivite viral, o tempo de incubação do vírus em nosso organismo leva de 1 a 4 dias, período em que a pessoa já está passível de transmissão, porém sem sintoma algum. É aconselhável que nesses 4 primeiros dias, a pessoa permaneça isolada em casa para não transmitir o vírus a outras pessoas. Após esse período de incubação, os primeiros sintomas começam a aparecer e permanecem por 5 a 15 dias”, indica o especialista.
De acordo com Thiago Castro, a conjuntivite viral é a do tipo mais comum e ocorre mais no inverno ou no verão, quando o clima favorece as condições de propagação do vírus, seja porque as pessoas estão em ambientes úmidos e fechados, seja porque estão em piscinas, praia ou no clube. “É altamente contagiosa, normalmente tem um pico de incidência no verão, onde as pessoas nadam na piscina, no mar e dessa maneira acabam contaminando umas às outras, e no inverno onde tem um aumento da incidência de vírus que pode afetar as conjuntivas”, revela o oftalmologista do Hapvida Teresina.
Quanto ao tratamento, para a conjuntivite viral não há um específico, no entanto, o médico dá algumas dicas que podem auxiliar na minimização do incômodo provocado pela doença. “Recomenda-se o uso de compressas frias ou geladas sobre as pálpebras fechadas para ajudar a desinflamar a superfície do olho e melhora os sintomas do paciente”, destaca o especialista do Hapvida.
Entrevista:
Conjuntivite é uma doença de estação? Quais as maneiras de evitá-la?
A conjuntivite viral é a forma mais comum e, geralmente, esse tipo é causado por um vírus conhecido como adenovírus. É autolimitada e benigna, quer dizer, melhora sozinha mesmo, não deixa sequelas e não traz ameaça séria a visão. É altamente contagiosa, normalmente tem um pico de incidência no verão, onde as pessoas nadam na piscina, no mar e, dessa maneira, acabam contaminando umas às outras, e no inverno onde tem um aumento da incidência de vírus que pode afetar as conjuntivas. Apesar de não ser grave, provoca muito incômodo e alguns cuidados devem ser tomados para que não se transforme em epidemia. A transmissão da conjuntivite viral é bastante fácil de acontecer. As pessoas podem se infectar por meio de secreções oculares. Se o paciente encostar nos olhos e logo após tocar em algum objeto e outra pessoa também utilizar o mesmo objeto, ela pode ser infectada. Pode ser pelo contato das mãos que não foram lavadas, por abraços e beijos, pelo compartilhamento de toalhas, acessórios como óculos e produtos de maquiagem, por espirros e tosses, e até mesmo em grandes multidões. Mas é importante deixar claro que a doença não é transmitida pelo ar. Não tocar nas mesmas coisas que alguém com a doença já é o bastante para não ser contaminado.
Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar a propagação da conjuntivite viral:
Lave suas mãos com frequência.
Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.
Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.
Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite;
Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite;
Evitar piscinas.
Existe remédio certo para curar conjuntivite ou as medidas adotadas são apenas paliativas?
O tratamento da conjuntivite vai depender do tipo, se vírus, bactéria ou alérgica. No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. Recomenda o uso de compressas frias ou geladas sobre as pálpebras fechadas para ajudar a desinflamar a superfície do olho e melhora os sintomas do paciente.
Quais os principais sintomas? Como é o tratamento?
O principal sintoma da conjuntivite viral é o aumento da secreção dos olhos, que pode ser de cor branca ou amarela. Por se tornar muito mais espessa do que o normal, acaba ocasionando, muitas vezes, a dificuldade em abrir os olhos ao acordar.
Além desse sintoma, outros podem se manifestar, tais como: vermelhidão dos olhos, coceira e dor nos olhos, sensação de areia nos olhos, fotofobia (hipersensibilidade à luz), secreção nasal, inchaço nas pálpebras, visão embaçada.
O tratamento da conjuntivite viral é feito com o uso de colírios e de lágrimas artificiais, de 4 a 6 vezes ao dia, durante o período sintomático.
A conjuntivite viral gera muito desconforto e, para aliviar os sintomas, o indivíduo deve lavar os olhos ou fazer compressas geladas.
Lembrando que o tratamento específico vai depender de cada conjuntivite, podendo usar colírios antibióticos, antialérgicos ou lubrificantes.
O clima de chuva aumenta as chances de contrair conjuntivite?
A conjuntivite viral é a do tipo mais comum e ocorre mais no inverno ou no verão, quando o clima favorece as condições de propagação do vírus, seja porque as pessoas estão em ambientes úmidos e fechados, seja porque estão em piscinas, praia ou no clube.
O principal causador da conjuntivite é o adenovirus e sua transmissão pode ocorrer através do contato direto com a região dos olhos, ou através da gripe, já que o agente causador é o vírus.
Quanto tempo em média demora para que os sintomas comecem a desaparecer?
Depende do tipo da conjuntivite e tratamento adequado. No caso da conjuntivite viral, o tempo de incubação do vírus em nosso organismo leva de 1 a 4 dias, período em que a pessoa já está passível de transmissão, porém sem sintoma algum. É aconselhável que nesses 4 primeiros dias, a pessoa permaneça isolada em casa para não transmitir o vírus a outras pessoas.
Após esse período de incubação, os primeiros sintomas começam a aparecer e permanecem por 5 a 15 dias.
Fonte: Ai Comunicação