Mais de um 1,2 milhão de pessoas deixaram de trabalhar em fazendas, sítios, granjas ou chácaras, entre 2012 e 2017, na Região Nordeste. A redução significou mais de 70% da queda nacional de pessoas ocupadas na zona rural.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C): Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2012-2017 foram divulgados, nesta quinta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2012, 3,9 milhão de pessoas trabalhavam na zona rural nordestina. Apenas entre 2016 e 2017, 386 mil pessoas deixaram de trabalhar em sítios, granjas ou fazendas.
Adriana Beringuy, economista técnica da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE, explica que o resultado reflete as condições adversas para a agricultura familiar no Nordeste, embora ainda seja uma atividade bastante tradicional.
A Pnad-C mostra também o baixo nível de cooperativismo no país. Em 2017, das 27,3 milhões de pessoas ocupadas como empregadores ou trabalhadores por conta própria, apenas 5,8% eram associados a cooperativas de trabalho ou produção. Sendo 46% dessas cooperativas, agrícolas.
A Região Sul é a que tem a maior incidência de cooperativas, com uma taxa de 10,3%, bem superior à taxa do Brasil.
Fonte: Rádio Agência