O Papa Francisco disse no último 2 de dezembro, no Vaticano, que as semanas anteriores ao Natal devem ser para os católicos um tempo para “purificar a fé”, preparando a celebração do nascimento de Jesus. A exortação ocorreu durante a homilia da Missa que presidiu e foi divulgada pelo portal ‘Vatican News’.
Francisco ressaltou que a primeira dimensão do Advento, o tempo litúrgico que começou no primeiro domingo deste mês, é o passado, “a purificação da memória”: “Recordar bem que não nasceu a árvore de Natal”, que certamente é um “belo sinal”, mas recordar que “nasceu Jesus Cristo”.
“Sempre teremos em nós a tentação de mundanizar o Natal, mundanizá-lo, quando a festa deixa de ser contemplação – uma bela festa de família com Jesus no centro – e começa a ser festa mundana: fazer compras, presentes, isto e aquilo… e o Senhor permanece ali, esquecido. Inclusive na nossa vida: sim, nasceu, em Belém, mas… O Advento serve para purificar a memória”, precisou.
O Papa declarou ainda que o tempo do Advento, a preparação para a celebração do nascimento de Jesus, propõe ainda uma reflexão sobre “o encontro definitivo com o Senhor”. A Igreja Católica assinalou, no dia 2 de dezembro, o início de um novo ano no seu calendário litúrgico, que começa com o Advento, que compreende os quatro domingos anteriores ao Natal.
As três primeiras semanas, que recordam especialmente a segunda e última vinda de Cristo à Terra, esperada pelos cristãos para o fim dos tempos, tornam o Advento num tempo penitencial marcado pelo convite à vigilância, arrependimento e reconciliação com Deus.
A partir de 17 de dezembro a liturgia adventícia, pautada pela cor roxa, acentua a festa do nascimento de Jesus, o Natal, que os católicos assinalam a 25 de dezembro. As leituras bíblicas proclamadas nas missas evidenciam as figuras bíblicas do profeta Isaías, de João Batista, precursor de Cristo, e de Maria, mãe de Jesus.
As manifestações do Advento, palavra de origem latina que significa “vinda” ou “chegada”, expressam-se na coroa de ramos verdes com quatro velas, que se acendem aos domingos, bem como na armação do presépio, entre outras práticas.
Fonte: CNBB