O que fazer para despertar o coração do jovem?
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Publicado em 22/06/2016

Setor Diocesano da Juventude, onde participam muitas frentes de evangelização, está se manifestando forte e decidido na busca de caminhos comuns para encontrar os jovens e oferecer uma alternativa cristã, conhecendo a proposta do Evangelho e a pessoa de Jesus.  João Paulo II afirmava: “É urgente colocar Jesus como alicerce da existência humana”.

Por isso, recordo aqui o que o documento de evangelização da juventude mostrou como primeiro caminho para atrair os jovens: “Amemos o jovem não só porque ele representa a revitalização de qualquer sociedade, mas porque amamos nele, a morada de Deus em sua dimensão de mistério inesgotável e de perene novidade”. É o amor que atrai o jovem para Deus, a fim de ser discípulo apaixonado por Jesus, porque só Jesus é o “Caminho, a Verdade e a Vida”.

Este é o grande desafio na evangelização. Escutar a voz do Mestre em meio a tantas vozes, constitui uma luta permanente de educar o ouvido para as coisas que realmente valem. O convite pessoal de Jesus “Vem e segue-me”(Lc 18,22) é hoje o método mais eficaz para despertar no coração do jovem o desejo de ser ele mesmo e dar sua resposta ao chamado.

O chamado pessoal desperta um relacionamento pessoal, pois essa foi a pedagogia de Jesus com relação aos seus discípulos: “Vós sois meus amigos” (Jo 15,14); a amizade fundamenta a disposição de seguir o Mestre. Por isso, é que Jesus no caminho, pergunta aos discípulos “quem sou eu?(Mt.16,15)”. Essa pergunta “já transformou a vida de muitos jovens afirmou o Papa João Paulo II em Belo Horizonte em 1980. Conhecer Jesus e sua Palavra leva a uma paixão que “ ninguém rouba e nenhuma traça corroe” (Mt.6,19). Ao mesmo tempo o Mestre, exige fidelidade: “quem põe a mão no arado e olha para trás não é digno de mim”(Lc 9,62). Voltar ao passado significa perder a dignidade de ser discípulo, é buscar o que não se perdeu.

Com o olhar na juventude do passado, temos a sensação de que era melhor. “Cada geração tem suas luzes e sombras. Essa geração não é pior ou melhor que outras gerações. A juventude de hoje é tão idealista quanto a anterior. O processo hoje leva mais tempo e exige investimento maior para penetrar as barreiras do individualismo e da indiferença”(Dc. 85 n.252). Acredito que precisamos ser mais ousados no caminho de evangelização da juventude. Criatividade, iniciativas novas, oportunidade de trabalho, políticas públicas que venham ao encontro das necessidades da juventude, encontros que provocam amizade verdadeira, busca de relacionamentos que dão satisfação de viver, contatos diretos com a Palavra de Deus, oportunidades para orar em silêncio, horas de adoração e encontros com a Eucaristia, levarão nossos jovens a preencher o vazio e encontrar sentido à vida.

Dom Anuar Battisti
Bispo referencial do Setor Juventude SUL 2

 

 

 

 

Fonte: Jovens Conectados

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