O balanço do Sindicato dos Bancários revela que de 2015 a 2018 foram 105 ataques a bancos no Piauí, entre arrombamentos, assaltos e tentativas de assaltos, sem falar das ocorrências em que envolvem as "saidinhas de banco" tendo como alvo os clientes e o sequestro de funcionários.
O levantamento aponta que, nos últimos quatro anos, o Banco do Brasil lidera o ranking de alvo dos criminosos, com 45 ocorrências. Em segundo lugar está o Bradesco com 42 e, em terceiro, a Caixa Econômica, com 14, seguido pelo Bando do Nordeste e o Santander, cada um com dois registros.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatéia Passos, comentou que a sensação de insegurança é vivida constantemente por funcionários e clientes, e até mesmo pelos moradores próximos às agências bancárias.
"A gente tem muita medo que aconteça no Piauí o que está ocorrendo no Ceará. A questão da segurança precisa ser amplamente debatida. A sensação de insegurança é, de fato, muito grande nos bancos. E quando um banco é explodindo interfere na circulação de dinheiro, no trabalho dos funcionários e é um problema a cidade. É preciso mais investimento na segurança, seja pelos próprios bancos seja pelo poder público", comentou o presidente.
O Greco investiga o caso. O coordenador da especializada, delegado Tales Gomes, informou que a investigação está em andamento, mas está sob sigilo e não poderá informações no momento.
Lei de Segurança Bancária
Arimateia ressaltou que o Piauí possui uma lei estadual, assinada pelo governador Wellington Dias em 2012, que dispõe sobre medidas de seguranças a serem instaladas na agências bancárias. Ele declarou que essas medidas visam reduzir os ataques e proteger mais os funcionários e clientes. O reforça na segurança é uma antiga luta do sindicato.
"Grande parte das agências bancárias já instalaram alguns desses mecanismos, mas faltam ajustes. Só que a maioria funciona. Essa lei cria diversas dificuldades, mas é muito imprevisível esses ataques porque cada vez que se cria um mecanismos para dificultar também se cria um dispositivo para desmontar", disse o sindicato.
Questionado se esses mecanismos reduziria o número de ataques, ele acredita que haveria uma maior dificuldade, mas que tudo é imprevisível.
Fonte: Cidade Verde