Levantamento mais recente elaborado pelo Monitor de Secas do Nordeste mostra que quase 90% do território piauiense está em situação de seca extrema. Os dados preocupam já que no mês de maio a estiagem nas cidades do Piauí era considerada grave pelo estudo.
O Monitor das Secas monitora as condições de seca, como a severidade, evolução espacial e no tempo, e seus impactos sobre os diferentes setores envolvidos. A pesquisa fortalece os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce das consquências da estiagem. A meteorologista da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semar), Sônia Feitosa, em entrevista à TV Cidade Verde, destacou que a situação do território piauiense está se agravando em virtude dos baixos índices pluviométricos.
“Neste ano só choveu no Piauí no mês de janeiro. De fevereiro para cá, praticamente não houve precipitações no Estado e previsão é que só haja chuvas consistentes no final do mês de outubro”, prevê Sônia Feitosa.
Além da falta de chuva, os baixos apontadores da umidade relativa do ar também preocupam a Semar. Em Teresina, o percentual está em torno de 40%. Já nos municípios que abrangem a região do semiárido piauiense, como São Raimundo Nonato e Itaueira, a situação se agravou e a porcentagem reduziu para abaixo de 20%. A Organização Mundial de Saúde estabelece que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana.
Entre os problemas de saúde causados pela diminuição da umidade relativa do ar estão as complicações alérgicas e respiratórias, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.
“Essa baixa umidade se deve a massa de ar quente que está atuando na região. Para essa época do ano isso é normal acontecer. Esse fenômeno facilita a evaporação dos reservatórios de água, evapotranspiração das plantas e afeta tanto a saúde humana, como a saúde da vegetação”, alerta Sônia Feitosa.
