Até setembro deste ano, foram notificados 134 casos de meningites no Piauí. O número representa pouco mais do que 56% dos casos registrados ano passado, quando 238 casos foram notificados em todo o estado. Os dados são da Coordenação de Epidemiologia da Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo Amélia Costa, coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, está havendo uma redução no número de casos em relação a 2019.
“Nesse momento a gente vê uma redução de casos de meningite em relação ao ano passado. É uma doença ainda estigmatizada por conta dos casos de morte e subnotificada no estado, mas as pessoas estão tendo um pouco mais de cuidado com a vacinação”, avaliou a coordenadora.
A média em 2019 é de aproximadamente 14 casos de meningite por mês, o que não é considerado um surto. Até o momento, segundo a Coordenação de Epidemiologia,não foram registradas mortes por conta da doença este ano. Em 2017, quando foram notificados 231 casos, dois pacientes vieram a óbito.
De acordo com Amélia Costa, na maioria dos casos, o tipo de meningite não é especificado.
Segundo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), de janeiro a setembro de 2019, Teresina registrou 47 casos de meningites, uma média de aproximadamente cinco casos por mês, e cerca de 35% dos casos do estado
No Brasil
Em 2018, o Ministério da Saúde contabilizou mais de 3 mil mortes causadas pela doença, de um total de 15.706 casos no ano. Os casos do Piauí representam pouco mais do que 1,5% de todos os casos do país no ano passado.
O contágio é feito por vias respiratórias em 95% dos casos, o. Os sintomas são febre, vômitos, dor de cabeça e rigidez na nuca. O diagnóstico é feito por meio do líquido da medula espinhal,
Todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser notificados às autoridades competentes, por profissionais da área de assistência, vigilância e pelos de laboratórios públicos e privados. A notificação deve ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), por meio do preenchimento da Ficha de Investigação de Meningite.
Vacinação
Na rede pública, a vacina é oferecida para recém-nascidos e nos meses iniciais de vida. Na adolescência, entre 11 e 14 anos uma dose de reforço também é disponibilizada.
Na rede privada são oferecidas vacinas para meningococo dos tipos A, B, Y e W 135. O sistema público brasileiro também disponibiliza a vacina para o tipo A, mas apenas em casos de surto, o que não ocorre há décadas.
Fonte Cidade Verde