As Escolas Família Agrícola (EFA) são escolas comunitárias geridas pela associação de moradores e sindicatos rurais vinculados à comunidade. A metodologia utilizada nas EFAs é a pedagogia da alternância onde o/a estudante vivencia, por um período, o tempo escola e, por outro, o tempo comunidade. Incorporada à grade curricular estabelecida pelo MEC, são ministradas disciplinas de agroecologia, manejo animal, agricultura e agroindustrialização.Na carta política do III ENA foi dito sobre isso que “trata-se, essencialmente, de promover uma visão do campo como espaço de vida e riqueza, e não das ausências.
O ex-aluno Murilo Rodrigues conta sua experiência durante os três anos na escola família agrícola de Caldeirão “Quando comecei a estudar na escola família agrícola, não dava tanta importância, mas com o passar do tempo fui conhecendo a metodologia de ensino da escola e comecei a me identificar com o curso, ai as portas foram se abrindo para um circulo de 03 anos, que foram bastante satisfatórios para meu desenvolvimento na área da agricultura. Posso dizer que foi uma experiência espetacular, onde no final do curso você ver varias alternativas dentro do mercado de trabalho e até mesmo para abrir seu próprio agronegócio” finaliza Murilo.
Para a estudante do segundo ano do curso Andressa Aparecida Vieira Borges que afirma está preparada para enfrentar o mercado de trabalho após concluir o curso diz “A EFADE IV é uma escola que nos prepara para além do ensino médio. Aqui temos que aprender a conviver com as diferenças, com pontos de vistas diferentes e ainda adquirimos um conhecimento, que pode nos ajudar em nossa comunidade, ou até mesmo em nossa família.”
Para a ex-aluna Madalena Vieira que concluiu seu curso em 2015 disse: “A oportunidade de concluir o ensino médio já integrado a um curso técnico, ao tempo que não precisamos sair do seio familiar para tanto, é a primeira grande motivação, depois, é uma oportunidade única de aprendermos a empreender nas nossas comunidades, na nossa propriedade, de modo que podemos ser nossos próprios patrões investindo na Agricultura Familiar.
Ao sair da escola Família Agrícola com a formação na área Técnica em Agropecuária, nós jovens estamos aptos a ingressar no mercado de trabalho dentro da nossa área seja nas mais diversas empresas e/ou instituições do setor da agropecuária, bem como várias outras repartições, mas principalmente, podemos investir o nosso conhecimento nas nossas propriedades e sermos jovens empreendedores, Sendo este o principal objetivo da formação.
Após concluir o curso técnico em Agropecuária na escola Família Agrícola de Caldeirões, EFADE-IV, Oeiras - PI, eu tive a oportunidade de trabalhar na minha área, hoje eu faço parte da equipe técnica do CEFAS (Centro Educacional São Francisco de Assis), entidade que desenvolve um trabalho de assistência técnica na Diocese de Oeiras, onde levamos orientações aos agricultores e através da representação, oportunizamos a participação destes em diversos eventos em que poderão adquirir mais conhecimentos e trocar experiências bem como também mediamos à participação em políticas públicas em vista de melhores condições de vida, e, vivenciando as diversas realidades do nosso semiárido, nos inspiramos cada dia mais ao nosso trabalho e temos a certeza de que o conhecimento técnico é importante e se faz necessário”. Concluiu Madalena.
Para a aluna Beatriz Nogueira que começou a estudar através do seu esposo que já é concludente, ela diz “Comecei a estudar na escola agrícola por indicação do meu esposo, pois ele se formou na mesma, meu aprendizado melhorou muito porque além de aulas teóricas, temos aulas na prática e outro motivo de ter me levado a estudar na escola agrícola foi quando terminar meus estudos já vou ter em mãos o diploma de técnico agropecuário, visando um futuro que eu possa investir na minha própria propriedade, pois a escola fornece vários conhecimento na área de agricultura familiar estou gostando muito e estou aprendendo bastante, a escola está me dando oportunidade de conhecer várias pessoas de outras localidades e poder compartilhar conhecimentos que vejo isso como uma grande fonte de conhecimento.” Pontuou a aluna estudante do 02° ano do curso técnico em agropecuária.
Por Camilla Marques