A estiagem severa que afeta a região Nordeste tem deixado um rastro desolador pelos estados. No Piauí, por exemplo, vários açudes já se encontram no chamado volume morto, ameaçando o abastecimento de água em diferentes localidades. Na região Sul do Estado, o reservatório de Boa Esperança também tem sentido os efeitos da falta de chuva. O volume útil de água vem caindo 10% por mês.
Segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que monitora a bacia do Rio Parnaíba, no dia 10 de outubro, data da última medição, o reservatório de Boa Esperança registrou um volume útil de 26,1%. Um mês antes o índice era de 37,1%.
De acordo com a Superintendência de Operação e Contratos de Transmissão de Energia (SOC), da Diretoria de Operação da Chesf, até novembro o reservatório da barragem deve chegar a 15% de sua capacidade. Apesar do baixo volume de água, a Chesf garante que não há risco de colapso no aproveitamento.
"O Reservatório de Boa Esperança atingiu, no dia 10 de outubro, 26,1% de seu volume útil, com previsão de atingirmos cerca de 15% no final do mês de novembro de 2016. Esta perspectiva de evolução, correspondendo ao final do período seco 2016 e início do período úmido 2016/2017 na Bacia do Parnaíba, não é considerada crítica para o aproveitamento", disse a SOC ao Cidadeverde.com.
Ainda segundo a Companhia, o fornecimento de energia não será afetado graças a outros recursos energéticos disponíveis no país.
"O atendimento ao Sistema Interligado Nacional – SIN, que está sob a coordenação do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, está garantido com a utilização dos recursos energéticos atualmente disponíveis, tais como aqueles provenientes da geração eólica, térmica, hídrica e das interligações através de linhas de transmissão, do Nordeste com outras regiões do país", informou a Chesf.
Construída em 1964, Boa Esperança possui um vertedouro dotado de 6 comportas e vazão máxima de 12.000 m³/s. A área do reservatório é de 352,2 km².
Fonte: Cidade Verde