Mesmo com a pandemia, o Enem abre as inscrições para a prova de 2020 nesta segunda-feira (11). Os interessados devem se inscrever até o dia 22 de maio na página do INEP na internet pelo endereço inep.gov.br.

Este será o primeiro ano do Exame Nacional do Ensino Médio com versão digital. Os alunos devem optar por fazer o Enem impresso, nos dias 1 e 8 de novembro, ou a versão digital, nos dias 22 e 29 de novembro. A estrutura dos dois exames será a mesma.

Na inscrição deste ano, é obrigatória a inclusão de uma foto atual do participante, que será utilizada para identificar o aluno no momento da prova. A taxa de inscrição é de 85 reais. Porém, o governo isenta o pagamento para alunos de baixa renda ou que se enquadrem nos requisitos definidos no edital, como ter cursado todo o ensino médio ou o último ano na rede pública.

Entidades estudantis, Universidades Federais e secretários estaduais de educação chegaram a pedir o adiamento do Exame por causa do novo coronavírus. 11 instituições de ensino superior do Rio de Janeiro, entre elas, a Universidade Federal do Rio e a Federal Fluminense, pediram o adiamento da prova alegando que a pandemia vai agravar as desigualdades entre os estudantes, já que muitos não têm acesso à tecnologia ou à internet e as aulas presenciais estão suspensas.

O Consed, Conselho Nacional de Secretários estaduais de Educação, em nota, solicitou que se aguarde o fim da pandemia para retomar o calendário do Enem. Segundo a entidade, a manutenção das provas agrava a situação dos alunos mais carentes que não têm acesso às ferramentas de ensino a distância.

Por meio de uma propaganda institucional, o Ministério da Educação alega que a vida não pode parar e que a suspensão da prova prejudicaria toda uma geração de profissionais. Nas redes sociais, o ministro Abraham Weintraub critica os pedidos para suspender as provas. Segundo ele, isso prejudicaria 5 milhões de brasileiros.

Uma liminar da Justiça de São Paulo chegou a permitir a mudança nas provas do Enem de 2020, mas a decisão acabou derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com sede na capital paulista, que acatou um recurso do governo.

Fonte: Radioagência Nacional