A produção industrial no país cresceu 7% em maio deste ano na comparação com abril. Mas o avanço não foi suficiente para reverter à queda de 26,3% acumulada nos meses de março e abril, como reflexo dos efeitos das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia da Covid-19.
Com isso, o setor atinge o segundo patamar mais baixo da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, iniciada em 2002, sendo que o menor nível foi registrado em abril deste ano. A queda foi de 18,8%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pelo IBGE.
Em relação a abril, o crescimento em maio foi praticamente generalizado. De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, as atividades foram impulsionadas, em grande parte, pelo retorno à produção, após as interrupções dos últimos 10 dias de março e de todo o mês de abril em várias unidades produtivas, por causa da pandemia.
Macedo enfatiza que maio já demonstra algum tipo de volta à produção. A expansão de 7%, apesar de ter sido a mais elevada desde junho de 2018, se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa. Mesmo com o desempenho positivo, o total da indústria ainda está 34,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.
Os bens de consumo duráveis, como veículos, e bens de capital, como máquinas e equipamentos, tiveram as taxas positivas mais acentuadas em maio passado, com ambos interrompendo dois meses seguidos de queda na produção e marcando os avanços mais elevados em 18 anos.
A atividade veículos automotores, reboques e carrocerias foi o destaque da pesquisa, com alta de 244,4% na produção, interrompendo dois meses seguidos de queda e marcando a a expansão mais acentuada desde 2002. Ainda assim, a produção está 72,8% abaixo de fevereiro.
Nos últimos 12 meses, a queda da produção industrial brasileira foi de 5,4%, a mais elevada desde dezembro de 2016. De janeiro a maio deste ano, o setor já acumula recuo de 11,2%.
Fonte Radio Agencia
Postagem Camilla Marques