Em janeiro, pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19, a diferença entre depósitos e saques na poupança foi negativa. Segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira (4), as retiradas superaram as entradas em R$ 18,1 bilhões no período, pior valor da série histórica iniciada em janeiro de 1995.
Após a chegada do vírus ao país, em março, a caderneta registrou valores elevados em captação líquida nos meses seguintes, em comparação ao restante da série.
O auxílio emergencial, pago por meio de conta-poupança digital da Caixa Econômica Federal, ajudou a explicar o movimento de alta na captação ao longo de 2020. O benefício, no entanto, terminou em dezembro e este é o primeiro mês em que a população não conta com o socorro.
Com o retorno do consumo gerado pela flexibilização do isolamento social e a reabertura dos comércios, a população passou a sacar mais recursos da poupança, o que contribuiu para a queda da captação líquida.
Os brasileiros depositaram, em janeiro, R$ 244,9 bilhões na caderneta e sacaram R$ 263 bilhões.
O saldo, que é todo o montante investido na modalidade, mesmo com captação negativa, permaneceu superior a R$ 1 trilhão no mês. O estoque alcançou a marca pela primeira vez na história em setembro.
No ápice da crise, em abril, a poupança bateu recorde, com R$ 30,4 bilhões. O resultado foi superado em maio, com R$ 37,2 bilhões, o maior da série histórica até agora.
Em setembro, a parcela do benefício pago pelo governo aos mais pobres foi reduzida de R$ 600 para R$ 300, o que fez os depósitos diminuírem.
Em outubro, primeiro mês cheio depois da mudança, o nível de captação voltou aos patamares observados antes da crise sanitária, mas ainda ficou positivo em R$ 7 bilhões.
Os brasileiros depositaram, em janeiro, R$ 244,9 bilhões na caderneta e sacaram R$ 263 bilhões.
O saldo, que é todo o montante investido na modalidade, mesmo com captação negativa, permaneceu superior a R$ 1 trilhão. O estoque alcançou a marca pela primeira vez na história em setembro.
A poupança rende a Taxa Referencial (TR), hoje zerada, mais 70% da Selic, que está em 2% ao ano.
A regra prevê que, quando a taxa básica de juros estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 0,50% ao mês, mais TR. Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o investimento é remunerado a 70% da Selic, acrescida da TR.
Fonte: Cidade Verde